A busca de novos agentes para prevenir ou tratar doenças infecciosas passa por várias etapas antes de chegar a uma prateleira comercial. Após o primeiro rastreio, são necessários estudos pré-clínicos para investigar a segurança e a eficácia de novos compostos. Para a avaliação da eficácia e segurança de novos compostos, em muitos casos, são necessários modelos animais. Várias doenças infecciosas podem ser avaliadas usando um modelo murino como, por exemplo, a malária e a toxoplasmose.
A malária é uma doença infecciosa causada por diversas espécies de plasmódio e ainda hoje é responsável pela morte de milhares de pessoas. Embora várias tentativas venham sendo realizadas não há ainda disponível uma vacina eficaz e novas drogas são necessárias no combate a essa doença, e menos ainda contra a malária causada pelo Plasmodium vivax, o qual é a principal espécie no Brasil.
Assim como a malária, a toxoplasmose é causada por um parasito Apicomplexa, o Toxoplasma gondii, e não existe nenhuma vacina para a prevenção de infecções humanas e novas drogas para tratamento são almejadas.
Dispomos de diferentes espécies de Plasmodium, bem como diferentes cepas de Toxoplasma gondii, capazes de infectar camundongos, as quais podem causar diferentes sintomatologias. Nestes modelos, podemos ter desde uma infecção branda, como infecções mais agressivas, similar ao observado na população. As instalações para os ensaios in vivo disponíveis na Fiocruz Paraná, como o IVIS (in vivo image system) permitem-nos investigar e acompanhar a infecção malárica ou toxoplasmose e avaliar a eficácia de novas formulações vacinais e tratamentos.