Caracterização molecular de proteínas com potencial para diagnóstico e tratamento da toxoplasmose

A toxoplasmose atinge cerca de ¼ da população mundial e cuja incidência no Brasil pode chegar a 60%. No país, a doença é um dos principais causadores de danos oculares graves, incluindo a cegueira e os sintomas são mais severos quando comparados aos observados no Hemisfério Norte, devido provavelmente a maior virulência das cepas.

Buscamos a caracterização molecular de proteínas com potencial para tratamentos mais eficazes da toxoplasmose, a fim de identificar potenciais alvos para o desenvolvimento de quimioterápicos no futuro. Entre elas se destacam as desacetilases de histonas (HDACs), enzimas que atuam majoritariamente no silenciamento gênico e muitas vezes aumentadas em certos tipos de câncer. Sendo assim, inibidores dessas enzimas tem a capacidade de reverter esse silenciamento restaurando a função de genes importantes. Alguns desses inibidores inclusive já obtiveram aprovação pela agência americana de regulamentação de medicamentos (FDA) e têm sido utilizados com sucesso no tratamento de alguns tipos de câncer.

Adicionalmente, o diagnóstico de toxoplasmose é feito atualmente através de ensaios sorológicos pela identificação de imunoglobulinas no soro do paciente. Aprimoramentos no diagnóstico têm sido buscados por diferentes grupos, utilizando principalmente proteínas recombinantes. No entanto, em geral, utilizam-se dados obtidos de cepas referências predominantes no Hemisfério Norte, sendo que no Brasil há predominância de cepas atípicas. Por isso, realizamos ensaios de proteômica para identificar proteínas de superfície abundantes nas cepas atípicas brasileiras e que poderiam aprimorar os testes diagnósticos para pacientes locais e que torne mais eficiente a distinção entre fase aguda e crônica da toxoplasmose.

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